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Dando a Letra

  • Márcio e Dani
  • Oct 14, 2016
  • 2 min read

O processo de criação varia de artista para artista. No caso dos músicos/compositores podemos perceber com clareza o momento exato em que o baseado bateu. Vejamos alguns exemplos.

1) O Fagner vinha bem em Borbulhas de Amor:

“Tenho um coração Dividido entre a esperança e a razão Tenho um coração Bem melhor que não tivera

Esse coração Não consegue se conter ao ouvir tua voz Pobre coração Sempre escravo da ternura”

De repente, mergulha na poesia e me vem com essa:

“Quem dera ser um peixe

Para em teu límpido aquário mergulhar

Fazer borbulhas de amor pra te encantar”.

2) Existem casos mais graves em que percebemos a utilização de entorpecentes bem mais poderosos.

Pavão Misterioso é o melhor exemplo. A letra inteira é uma droga.

“Pavão misterioso

Pássaro formoso

Tudo é mistério

Nesse teu voar

Mas se eu corresse assim

Tantos céus assim

Muita história

Eu tinha pra contar

Pavão misterioso

Nessa cauda

Aberta em leque

Me guarda moleque

De eterno brincar

Me poupa do vexame

De morrer tão moço

Muita coisa ainda

Quero olhar

Pavão misterioso

Pássaro formoso

Tudo é mistério

Nesse seu voar

Ai se eu corresse assim

Tantos céus assim

Muita história

Eu tinha pra contar

Pavão misterioso

Pássaro formoso

No escuro dessa noite

Me ajuda, cantar

Derrama essas faíscas

Despeja esse trovão

Desmancha isso tudo, oh!

Que não é certo não

Pavão misterioso

Pássaro formoso

Um conde raivoso

Não tarda a chegar

Não temas minha donzela

Nossa sorte nessa guerra

Eles são muitos

Mas não podem voar”

Isso só pode ser chá de cogumelo

3) Onde o Djavan estava com a cabeça quando escreveu Açaí?

“Solidão de manhã,

Poeira tomando assento

Rajada de vento,

Som de assombração,

Coração

Sangrando toda palavra sã

A paixão puro afã,

Místico clã de sereia

Castelo de areia

Ira de tubarão, ilusão

O sol brilha por si

Açaí, guardiã

Zum de besouro um ímã

Branca é a tez da manhã”

Faltou só guaraparibúziosminhaarte!!!

4) O próximo exemplo já apavora no título. Pipoca Moderna do Caetano Veloso é a prova de que muita droga faz o cérebro pipocar.

“E era nada de nem noite de negro não

E era nê de nunca mais

E era noite de nê nunca de nada mais

E era nem de negro não

Porém parece que hágolpes de pê, de pé, de pão

De parecer poder

(E era não de nada nem)

Pipoca ali, aqui, pipoca além

Desanoitece a manhã

Tudo mudou”

Pipoca com guaraná é bem melhor!

5) Relicário do Nando Reis vale destacar alguns trechos. Alguém pode explicar o que está acontecendo na primira estrofe?

“É uma índia com colar

A tarde linda que não quer se pôr

Dançam as ilhas sobre o mar

Sua cartilha tem o A de que cor?”

Calma porque piora. Mais pra frente encontramos o seguinte verso:

“E são dois cílios em pleno ar

Atrás do filho vem o pai e o avô

Como um gatilho sem disparar

Você invade mais um lugar

Onde eu não vou”

Quer mais?

“Quem nesse mundo faz o que há durar

Pura semente dura: o futuro amor

Eu sou a chuva pra você secar

Pelo zunido das suas asas você me falou”

Pelo menos existem duas frases nessa letra que traduzem o que sentimos quando ouvimos essa música:

“O que você está dizendo?

O que você está fazendo?

Tosqueira por tosqueira preferimos ficar “loucos de tanto cantar” AA UU dos Titãs.

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